quinta-feira, 29 de julho de 2010

Chile

Vinha andando pela casa a noite nos últimos dias. Pisava no chão gelado de pés descalços mesmo sabendo que acordaria pela manhã meio doente. Em pé na varanda, sentada na cozinha, tomava um copo de água bem gelada para refrescar os pensamentos, sempre com os pés no chão para refrescar a postura. Passava horas completamente desocupada. Ignorava a televisão e o computador. Fitava o pinguin na geladeira e lia de trás pra frente "elihC" escrito nele. Não comia nada e nem se quer balançava as pernas. Voltava à cama devagar e silenciosa, deitava-se ao lado dele e apoiava uma das mãos em suas costas. Às vezes acordava pela manhã meio resfriada.
Esse texto fala sobre levar o café da manhã na cama para alguém que mesmo provocando os seus próprios resfriados ainda o ama.

ap.

3 comentários:

sem coerência,