quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu não tenho um título

E sorriu. Não porque o licor estava bom e doce ou porque as flores estavam de um modo tão colorido nesta época, não porque as paredes estavam recém pintadas e os azulejos limpinhos e brancos ou porque ela estava sentada de um jeito tão confortável. Ela sorriu e não saber explicar os 32 dentes e nem o porquê do aparecimento deles era irrelevante, a justificativa estava no sorriso e ela havia sorrido. Mas acontece de naquele momento ela ser alguém que ele havia criado em desmazelo, e aquela era dele, mas acontece de acontecer por sorte que ela era mais dela que dele e sendo assim até a parte dele não era por completo dele, pois ela não lhe permitira isso e quanto a isso ela nada podia fazer porque ele a havia inventado imperfeitamente e imperfeita ela era.

ap.