Ainda que eu soubesse de onde vinham eu não saberia como me opor a eles. Havia neles uma piedade ansiada sobretudo por mim, mas acima dessa clemência havia também, junto à cruz algo glorioso, de tamanho sem tamanho, pois então, não era algo que se podia simplesmente dar-se um resultado, não era uma solução, eles tinham seu próprio estado de vivência, o que lhes dava somente esse estado como qualquer adjetivo ou substantivo atribuído a qualquer coisa ao nosso redor, mas não eram limitados e nem tão pouco redondos, não havia neles rotação ou translação, não giravam em torno de si ou de coisa mais brilhante, iam rumo ao universo, visitando e sendo o infinito. Eles eram lindos como as ondas e grandes como o mar, eles que nem sabiam de onde surgiram e falavam tanto que nem precisavam de voz, só era preciso eles ali junto a mim e tudo estava assentado, eles eram completamente certos e não me deixavam sombra de duvidas sobre seus assuntos porque eram especialistas no que faziam e faziam tanta coisa, principalmente voavam, o que me deixava bestificada, de boca aberta eu via-os alçando vôo, eu que nem sequer tentara voar mas que numa tentativa não feita cai de asas do chão, eles me disseram que ainda me restavam as asas ilesas e que voar só poderia ser feito com sigo mesmos.
Eles ainda são tudo isso, são os teus olhos.
ap.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sem coerência,