Talvez as aventuras de Matilda tenham sido tão imperdoáveis, ela balançava, corria, ria e brincava, até rimava às vezes a vida dela, de tão linda que era, o viver. Ela olhava pra mim e piscava os olhinhos redondos rindo tanto e sempre que até me contagiava as vezes, bem as vezes posso garantir, pois Matilda dormia ao meu lado na cama todo santo dia, e só dormia mesmo, porque sexo que é comercio bom não tinha. O leitor sabe quando tem algo errado na concordância da leitura, minha vida era o meu livro e o leitor era eu, deveria ser o escritor quem sabe, mas não, quem traçava cada passo meu era a maldita da Matilda. Pois sim! Provei com meus olhos quando li num capitulo, ela me traindo. De boca aberta ia de encontro à outra boca suja que passaria horas depois todos os germes para minha pobre boca inocente, pois eram dos pensamentos que saiam todo aquele palavreado asqueroso. Eu era um homem, embora me sentisse ao lado de Matilda um pato, ela era formosa, vistosa, eu era tão neutro, do tipo transparente, mas não daquele jeito que todo mundo sabe o que se passa dentro de você, bem mais no sentido de ninguém me ver. Eu tive Matilda algumas vezes na minha vida. Uma vez não acabou, outra vez ela parou e outra ainda me lembro bem eu consegui e ela bocejou. O que a fazia continuar a deitar-se ao meu lado eu não sei, ela disse uma vez que se sentia protegida, eu duvidei como pouco duvidara até aquele dia. Mais a vida continua, mais gente sua, era bem assim, uma vida suada. O sol parecia queimar minha cabeça até pela meia noite, sei agora que não passava dos olhos de Matilda olhando de cima para baixo, onipotente sobre mim. Ela um dia gritou; olhe para cima, estou falando com você; e foi como se me fizesse perceber porque a desgraçada continuava ali, gente que gosta de mandar é assim mesmo, a qualquer custa quer decretar sem saber de hierarquizar. Eu vendi minha alma ao diabo e é sem devolução.
ap.
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sem coerência,